Raila Odinga morre após paragem cardíaca

 Morreu nesta quarta-feira, na India, o líder da oposição e antigo primeiro-ministro do Quénia, Raila Odinga, aos 80 anos.

Odinga estava em tratamento na cidade de Kochi, no sul da Índia, onde sofreu uma paragem cardíaca e foi levado às pressas para o hospital, mas não resistiu e morreu.
Como líder da oposição, Odinga perdeu cinco campanhas presidenciais, com duas das votações levando a episódios caóticos e recriminações.
Seu trabalho como activista pela democracia ao longo dos anos ajudou a selar duas das reformas mais importantes do país: a democracia multipartidária em 1991 e uma nova constituição em 2010.
Odinga liderou os protestos após a disputada eleição de 2007, que mergulhou o país no episódio mais grave de violência política desde a independência. Cerca de 1.300 pessoas foram mortas e centenas de milhares desabrigadas nos confrontos.
Em 2018, Odinga se autoproclamou o “presidente do povo” após não reconhecer a vitória de seu principal opositor, Uhuru Kenyatta, em eleição e fez juramento presidencial diante de seus apoiantes.
Após sua derrota mais recente em 2022, ele se juntou ao presidente William Ruto em um chamado governo de base ampla, que colocou vários de seus aliados em posições-chave.
O governo Ruto apoiou a candidatura de Odinga à presidência da Comissão da União Africana, nas eleições realizadas no início deste ano. Apesar do forte apoio, ele perdeu para Mahmoud Ali Youssouf, do Djibuti.
Ele foi um ex-prisioneiro político e sua luta contra a ditadura de partido único o levou a ser detido duas vezes (de 1982 a 1988 e de 1989 a 1991) durante o governo de Daniel Arap Moi.
Ele foi inicialmente preso por tentar dar um golpe em 1982, o que o impulsionou para o cenário nacional. (G1).

Fonte: O país.