Países Baixos querem que cada invasão do espaço aéreo da NATO custe 100 milhões de euros de ativos congelados russos (a dar à Ucrânia)

 

Ministro da Defesa neerlandês tem uma "forma criativa" de travar drones russos no espaço da NATO

O ministro neerlandês da Defesa, Ruben Brekelmans, tem uma "forma criativa" para travar as crescentes incursões russas em território da NATO. Por cada incursão dos caças russos no espaço aéreo aliado, por cada drone que sobrevoe aeroportos e por cada interferência no território da NATO, os membros da aliança deviam enviar 100 milhões de euros dos fundos congelados russos para ajudar a Ucrânia a resistir.

"(Vladimir Putin) sabe que está a criar agitação, o que é positivo para ele, não há desvantagem nem inconveniente para ele", afirmou Brekelmans, numa entrevista ao Kyiv Independent.

Para criar um dilema estratégico ao líder russo, o ministro sugeriu que "por cada incursão de um drone" que entre no "espaço aéreo da NATO", que "déssemos cem milhões de euros de apoio à Ucrânia para que possa ripostar". E isso inclui "encontrar formas criativas de utilizar os ativos congelados para apoio militar" para o exército ucraniano. 

O ministro falou também do projeto de defesa da União Europeia, que está a ficar conhecido como o "muro de drones", e visa defender o espaço aéreo dos países europeus contra novas incursões de veículos aéreos não-tripulados russos. Apesar de concordar com a necessidade de proteger o flanco leste, o ministro não apoia a ideia proposta pela Comissão Europeia, que passa pela ligação de uma rede de radares e sensores acústicos um pouco por todo o continente. 

Para Brekelmans, esta coordenação deve ser feita pela NATO, que é a aliança militar responsável pela defesa do território europeu. O ministro defende que para contrariar a capacidade russa de combater contra a Ucrânia, os países da aliança devem concentrar-se em privar os russos de aceder aos fundos e às ferramentas do Kremlin para o fazer, "aumentando a pressão" contra a Rússia. 

"Precisamos de mais sanções de uma forma coordenada entre nós e vós. Além disso, as receitas do petróleo e do gás devem ser incluídas, porque essas receitas ainda são demasiado elevadas. E mais sanções para as empresas que estão a contornar as sanções", explica.

Fonte: CNN.