Dinamarca fala para todos: Rússia lançou uma guerra híbrida e o que está a acontecer "é só o começo"

 

Ataques de drones, ciberataques, sabotagens. Tudo para dividir a Europa, tudo responsabilidade da Rússia

A Dinamarca recebe esta terça-feira uma reunião informal de extrema importância. Em Copenhaga vai discutir-se a continuação do apoio à Ucrânia, mas não só.

Não será por acaso que a capital dinamarquesa foi o local escolhido para juntar os líderes europeus para o mesmo pretexto. Depois de invasões do espaço aéreo de Polónia, Roménia ou Estónia, a Dinamarca tem sido o país mais ameaçado por objetos voadores.

Ainda que não esteja confirmado, existem suspeitas de que, como nos outros três países, também neste caso as violações do espaço aéreo sejam obra da Rússia.

Com efeito, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, foi mais longe que qualquer líder europeu, afirmando ter informações dos serviços de segurança que apontam para o envolvimento de navios que fazem parte da “frota fantasma” da Rússia nestes ataques.

Sem dizer preto no branco que o que tem acontecido na Dinamarca é obra russa, a primeira-ministra dinamarquesa avisou que está em curso uma guerra híbrida por parte da Rússia contra a NATO. Pior do que isso, o que está a acontecer “é só o começo”.

Em declarações ao Financial Times, Mette Frederiksen avisou que Moscovo quer dividir a Europa, pelo que é necessário discutir de forma “mais profunda” o que pode o Ocidente responder aos atos hostis da Rússia.

“Temos de ser muito claros sobre [o facto] de que isto provavelmente é só o começo”, afirmou, pedindo que todos os europeus percebam “o que está em jogo e o que se está a passar”.

“Quando há drones ou ciberataques, a ideia é dividir-nos”, reiterou, num discurso claramente além-fronteiras da Dinamarca.

Sobre o que tem acontecido concretamente nos céus da Dinamarca, Mette Frederiksen recusou-se a estabelecer uma ligação clara à Rússia, mas sublinhou que é Moscovo o “inimigo primário” da Europa.

“A ideia da guerra híbrida é ameaçar-nos, dividir-nos, desestabilizar-nos. Usar drones um dia, ciberataques noutro, sabotagem ao terceiro dia. Isto não vai acabar apenas com [o aumento das] capacidades”, acrescentou.

Fonte: CNN.



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