Costa do Marfim, Senegal e África do Sul fecham vagas directas
Costa do Marfim, Senegal e África do Sul garantiram as últimas três de nove vagas directas na qualificação africana para o Mundial-2026 de futebol, enquanto Gabão, RD Congo, Camarões e Nigéria avançaram para o play-off.
Na conclusão da 10.ª e última jornada de apuramento ao Campeonato do Mundo de futebol, pela zona africana, costa-marfinenses, senegaleses e sul-africanos juntaram-se aos anteriormente apurados Marrocos, Tunísia, Egito, Argélia, Gana e Cabo Verde, em estreia, nos vencedores dos nove grupos com entrada na fase final, à qual poderá aceder mais um representante africano através da repescagem intercontinental.
A Costa do Marfim, campeã africana em título, confirmou a primeira posição do grupo F com um triunfo na recepção ao Quénia, por 3-0, selado por Franck Kessié, Yan Diomande e Amad Diallo, regressando ao Mundial 12 anos depois. Os “Elefantes” já estiveram na prova mundial em 2006, 2010 e 2014.
Ghislain Konan, do Gil Vicente, foi titular pelos “Elefantes”, que totalizaram 26 pontos e conservaram os três de avanço para o Gabão, vitorioso em casa face ao Burundi por 2-0, num pódio encerrado pela Gâmbia, com 13, ao golear nas Maurícias as Seychelles por 7-0.
O Senegal também obteve a quarta qualificação para Mundiais, e terceira seguida, após presenças em 2002, 2018 e 2022, tendo beneficiado dos tentos de Sadio Mané (45+1 e 48 minutos), Iliman Ndiaye (64) e do recém-entrado Habib Diallo (85) na recepção à Mauritânia para vencer por 4-0.
Os “Leões de Teranga” fizeram 24 pontos no grupo B, dois acima da RD Congo, que se impôs em casa ao Sudão, terceiro, com 13, e só ficou atrás do Gabão, mas à frente dos Camarões e da Nigéria, no ranking dos segundos classificados da qualificação africana.
Já no Grupo C, a África do Sul consumou o regresso às fases finais do Mundial de futebol 16 anos depois com um triunfo caseiro perante o Ruanda por 3-0, ultrapassando o Benim, que tinha entrado em campo na liderança isolada, mas que foi goleado na Nigéria (4-0) e desceu ao terceiro lugar.
Thalente Mbatha (cinco minutos), Oswin Appollis (26) e Evidence Makgopa (72) deram a vitória aos “Bafana Bafana”, enquanto Victor Osimhen, com um ‘hat-trick’, e o suplente Frank Onyeka marcaram pelas “Super águias”, separadas dos beninenses graças no saldo de golos.
Apesar da recente derrota administrativa face ao Lesotho, devido à utilização irregular de um atleta, a África do Sul fechou no topo, com 18 pontos, um acima de Nigéria e Benim, para repetir as presenças de 1998, 2002 e 2010, quando foi o primeiro país africano a receber o Mundial.
No grupo G, a Argélia sofreu para bater em casa o Uganda por 2-1, com dois penáltis de Mohamed Amoura perto do fim a darem a reviravolta ao tento inaugural de Stephen Mukwala.
A Argélia contabilizou 25 pontos, contra 18 dos ugandeses, segundos, e de Moçambique, que triunfou na visita à Somália por uma bola sem resposta, realizada em território argelino, com um golo madrugador de Geny Catamo, do bicampeão português Sporting, e acabou em terceiro.
Sob orientação do treinador português Paulo Duarte, a Guiné-Conacri acabou em quarto lugar, com 15 pontos, ao ceder um empate na recepção ao Botswana a dois golos, em Marrocos.
Quarto classificado do Mundial-2022, Marrocos superiorizou-se em casa face ao Congo, vencendo por uma bola sem resposta, graças a um golo do suplente Youssef En Nesyri – autor do golo que afastou Portugal há três anos nos quartos-de-final do Mundial do Qatar -, e concluiu uma campanha sem percalços no Grupo E.
Conhecidos os quatro melhores
A retirada de Eritreia dessa fase de apuramento fez com que os encontros frente aos sextos e últimos classificados de cada grupo fossem descontados do ranking de acesso ao play-off, que está marcado para 13 e 16 de Novembro e será discutido em jogos únicos, em Marrocos.
Apesar de terem ficado no segundo lugar dos respectivas grupos, Burquina Faso, Níger, Madagáscar, Uganda e Namíbia falharam a entrada no play-off – os dois primeiros até tiveram os mesmos 15 pontos dos Camarões e da Nigéria, mas pior diferença de golos.
A 23 de Outubro, a próxima actualização do ranking da FIFA vai escalonar Gabão, RD Congo, Camarões e Nigéria, definindo o calendário, no qual a equipa melhor colocada vai defrontar a pior, ao passo que as restantes selecções do meio defrontam-se na outra meia-final.
Caso as posições não alterem, o cruzamento iria colocar a Nigéria, melhor posicionada entre as quatro, diante do Gabão e os Camarões a defrontarem a RD Congo.
O vencedor desse play-off ruma à repescagem intercontinental, prevista para Março do próximo ano, que será formada por seis selecções de cinco confederações, em local a designar.
A 23.ª edição do Mundial decorre entre 11 de Junho e 19 de Julho de 2026 e contará pela primeira vez com 48 selecções participantes, numa inédita organização tripartida entre Estados Unidos, México e Canadá, todos automaticamente qualificados como anfitriões, aos quais se juntam já 25 apurados.
Veja todas as selecções já classificadas para o Campeonata do Mundo de 2026
A Copa do Mundo de 2026 promete ser histórica por diversos factores. Será a primeira realizada com 48 selecções, 16 a mais do que o número de participantes em relação a anterior. Também será a primeira com três países-sede: Canadá, México e Estados Unidos. Esses três países já estão classificados para o Mundial.
Assim, para além das três selecções anfitriãs, a América já qualificou Argentina, Brasil, Equador, Uruguai, Colômbia e Paraguai, a Ásia apurou Irão, Japão, Uzbequistão, Jordânia, Coreia do Sul, Catar e Arábia Saudita, a Austrália, pela Oceânia está apurada a Nova Zelândia, enquanto África estará representada por Marrocos, Tunísia, Egipto, Argélia, Gana, Cabo Verde, África do Sul, Senegal e Costa do Marfim.
Pela Europa está qualificada, até ao momento, a Inglaterra.
Para já, Cabo Verde, Uzbequistão e Jordânia marcam presença histórica numa fase final do Mundial.
Fonte: O país.
Bafanabafana
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