Chapo e CEO da ENI analisam impacto do Coral Norte FLNG na economia do país

 O Presidente da República, Daniel Chapo, manteve, esta quinta-feira, em Maputo, um encontro  de trabalho com o Director Executivo da multinacional  petrolífera italiana ENI, Claudio Descalzi, no âmbito da assinatura da  resolução da Decisão Final de Investimento (FID, na sigla em inglês) do  Projecto Coral Norte FLNG. O líder da ENI considerou o momento  “muito importante e crítico”, sublinhando o impacto do novo  empreendimento para a economia moçambicana, o emprego e o  desenvolvimento social.

“Permitam-me dizer que eu e a minha equipa estamos muito felizes por  estar aqui hoje. Foi um encontro muito positivo”, declarou Claudio  Descalzi, ao fazer o balanço da reunião com o Chefe do Estado. 

O CEO da petrolífera destacou que o Coral Norte FLNG, que o  descreveu como “o grande projecto” e que vem depois do Coral Sul,  permitirá aumentar de 16 mil milhões para 23 mil milhões de dólares  norte-americanos a receita estimada para a vida útil dos dois  empreendimentos. “Então, esse foi um dos principais temas que  discutimos em termos de impacto positivo para a população,  sobretudo em termos de rendimentos para o País”, referiu. 

Entre os avanços registados, Descalzi destacou o aumento substancial  do investimento no conteúdo local, que passa de 800 milhões para  três mil milhões de dólares, além da duplicação dos postos de  trabalho. “E também duplicámos o emprego. Então, são todas boas  notícias”, afirmou, enfatizando a relevância da criação de  oportunidades para os jovens moçambicanos. 

O responsável da ENI revelou ainda que a agricultura foi outro dos  pontos centrais da conversa com o Presidente Chapo. “Claramente,  Moçambique precisa de pessoas com habilidades, grandes  engenheiros especialistas, geólogos, para desenvolver o gás e outros  recursos minerais, mas o País precisa também de emprego em grande  escala para os jovens, acima de tudo. E o emprego massivo pode  chegar, com relativa facilidade, através da agricultura”, disse.  

Nesse quadro, reafirmou o compromisso da ENI em investir em  programas agrícolas que poderão criar cerca de 100 mil novos  empregos no país.

“O Presidente colocou um foco muito importante nisso: treinamentos  para pessoas jovens, agricultura em termos de novos empregos e  também novos trabalhos para os agricultores existentes”, reforçou o  CEO, acrescentando que a iniciativa da empresa em Moçambique  segue a mesma linha de projectos agrícolas desenvolvidos pela  multinacional em outros países africanos. 

Outro sector abordado durante o encontro foi o da energia eléctrica.  “Nós encontrámos um acordo para desenvolver uma central eléctrica  de 75 megawatts. E isso foi feito. Então, nós temos muitos projectos,  muitas iniciativas. E eu tenho que dizer que estamos a trabalhar muito  bem. Nossas equipas estão a caminhar muito bem juntas”, sublinhou. 

Claudio Descalzi destacou ainda a relação de confiança e  cooperação estabelecida com as instituições moçambicanas,  considerando que esta é a chave para o sucesso dos investimentos. 

“Quando você investe oito biliões para o primeiro projecto, oito biliões  para o segundo projecto, então um total de entre 15 e 16 biliões em  um país, você tem que confiar nesse país, você tem que acreditar no  país, você tem que acreditar nas suas pessoas, e não apenas na  minha equipa como tal, mas, igualmente, na sua capacidade para  criar uma boa relação com a equipa do governo, com o ministro do  sector, com toda a administração. De contrário, arriscas, como  empresa, perder o seu dinheiro, perder o seu tempo, incluindo perder  os recursos do país”. 

O CEO concluiu a sua intervenção manifestando satisfação com o  ambiente de trabalho em Moçambique e com as boas relações entre  aquela empresa e o Governo de Moçambique, realçando que a  aprovação da FID do Coral Norte representa não apenas uma 

expansão dos investimentos da ENI em Moçambique, mas também  uma nova fase de oportunidades económicas e sociais para os  próprios moçambicanos.

Fonte: O país.



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